terça-feira, janeiro 01, 2008

Ainda...

Escrevi! …pouco. Escrevo ainda…muito pouco…
um dia pediram para escrever Teatro … recusei! Recusei porque… não sei.
O que escreveria não ia “ligar” com a actual sociedade e a “plebe cultural” não o entenderia.
A plebe cultural, sim, uma tal enfermidade, que nada tem com a classe social e existe em todos as classes.
Há plebe cultural entre os muitos ricos, os ricos, os pobres e os remediados.
Há plebe cultural em abundância, na classe política, porque a cultura não se recebe pelo voto e…
nos mais ricos, porque não a herdaram, nem o dinheiro a pode comprar e…a … inteligência escasseia…
podem até saber o nome de todos os Filósofos, mas isso não os torna Filósofos…
Pediram-me para escrever Teatro….eu recusei… Recusei porque não sei…
O que podia eu escrever para agradar aos que morrem de fome…
se eles ao Teatro não vão…
e o que necessitam é de pão.

Foto e texto de Silvestre Raposo

7 comentários:

Madalena disse...

Nunca escrevas para agradar. Não é o teu género. Como dizes só "eles" vão ao teatro...

Escreve o que sentes e chegará a todos.

Hoje, Escreveste. :)

Bom Ano!

Teresa Durães disse...

... e não de brioches...

também não canto porque voz não a tenho.

beijos

Isabel Magalhães disse...

Um excelente 2008!



bj

IM

Carla disse...

E quem escreve assim é... porque sabe escrever!
beijos

Carla disse...

O tempo tomou conta da minha vontade… corre veloz ao sabor do vento…
Contudo… mesmo num desejo rápido, estou aqui… nem que seja apenas para desejar um bom fim de semana.
E parto… de novo sem promessas, porque não sei quando me será permitido voltar, fica então a vontade de regressar, um dia destes quando o tempo permitir…
Que fique o meu beijo e que dure pelo momento de ausência no espaço de um até breve.
Nadir

Gabriela Rocha Martins disse...

com é hábito e costume ,chego tarde .mas chego .e quando chego é para ficar ...

num novo ano com uma nova mentalidade ... um novo Portugal se fosse possível

dizem que "depois da tempestade vem a bonança" ,mas ,eu ,como já nem em ditados ,acredito ,convido.te para iniciar ,aqui e agora ,o tsunami intelecto/cultural que este País necessita .alinhas? então ,redige o "Manifesto" .eu subscrevo

um beijo

Mateso disse...

Pão! pão, pão, gritam as bocas, pão anseiam as almas. Pão nosso de cada dia... seria, deveria ser... mas pão? porque falta senhores, porquê?
Pão redondo, pequeno, singelo, de centeio, trigo ou milho, pão de um povo minguado de pão de palavras... eis o que falta no nosso pão de todos os dias...