quarta-feira, agosto 30, 2006

1ª VIDA

Testamento
Nunca vive de joelhos
Não fui "moço de recados".
De frente peguei a vida
Vi o bem
Vi o mal
Vi luxúria e traição.
Vi um amor sincero,
maior que o Mundo,
caber na palma da mão.

Fiz poemas.
Pintei quadros.
Escrevi livros.
Aprisionei a ilusão.
Amei e fui amado,
tive um sonho
na palma da mão.

Levo em mim ao partir
a riqueza do que aprendi.
Deixo palavras
sem valerem "um tostão"
e sonhos que foram ilusão.

Deixo o amor
maior que o Mundo
que me escapou
da palma da mão.

Composição fotos e Design bem como poema de Silvestre Raposo ( in Caminhos de terra e mar) Editor: Taller del Poeta







2 comentários:

Anónimo disse...

E que vida, poeta!
Lindo lindo!
Beijinhosssssssss

Teresa Durães disse...

Li tudo (de lá de cima até cá abaixo)

os mesmos anseios, as mesmas buscas. Mas eu ainda estou acorrentada nesta capital cinzenta onde a monotonia danifica o cérebro.

Ai se entendo... tão bem...

e aqui estou porque nunca acreditei em mim, na escrita. Mas agora não posso largar tudo e fazer a vida a meu modo.

Sei. Que o caminho faz-se caminhando. Aprendi cedo. Bem cedo. Através da revolta e frustração. Por vezes esqueço, claro. Depois continuo.

Não pinto, não desenho, nem fotografia tiro.

Têm de ser os olhos a minha câmara e as palavras a tela.

Gostei do que li!

Boa tarde!